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      09/04/2019 | ABAL Campinas em Encontros Musicais

      Érika Andrade (soprano) e José Francisco da Costa (piano)

      Na próxima sexta-feira, dia 12/04, às 20 horas, no auditório do Centro de Ciências, Letras e Artes (Rua Bernardino de Campos, 989), a ABAL Campinas apresenta o musical "Aquarelas do Meu Brasil", projeto aprovado pelo FICC, e que reúne a soprano Érika Andrade e o pianista José Francisco da Costa. O espetáculo oferece ao público uma gama de sons e cores do Brasil, seu povo e cultura, através da inspiração musical de autores como Alberto Nepomuceno, Chiquinha Gonzaga, além de outros. Aquarelas do Meu Brasil traz canções eruditas conhecidas do público e faz um resgate de canções esquecidas pelo tempo, que bem retratam a vida sofrida e humilde do sertanejo, como Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense. Com todo seu folclore, crendices, contos e causos, Érika Andrade e José Francisco da Costa levam o público, de Norte a Sul do país, em belo e emocionante concerto interativo. A plateia é convidada a cantar, rir e chorar com este espetáculo, apaixonando-se pela música nacional, surpreendida em suas origens.

      Remontam ao século 17 as primeiras músicas populares, como o lundu, dança africana que chegou ao Brasil, vinda de Portugal, com os escravos oriundos de Angola. O lundu que, no início não era cantado, evoluiu assumindo caráter de canção urbana e se tornou popular como dança de salão. Nos séculos 18 e 19 a modinha de origem portuguesa assumiu lugar de destaque. Com elementos da ópera italiana, a modinha é uma canção de caráter sentimental, simples, acompanhada apenas de uma viola ou guitarra. Era muito executada nos saraus aristocratas. Às vezes, mais elaborada, era acompanhada por flautas e outros instrumentos, com letras de poetas famosos. No período colonial e Primeiro Império, as valsas, polcas, schotischs e tangos, de diversas origens, encontraram no Brasil uma forma de expressão peculiar. Em conjunto com a modinha, viriam a ser a origem do Choro, gênero que recebeu esse nome em virtude de seu caráter melancólico. Surgiu em 1880 e logo adquiriu feição própria, executado por flauta, cavaquinho e violão. Famosos "chorões" foram Joaquim Antônio da Silva Calado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha. Pouco mais tarde, derivado do ritmo africano denominado "umbigada", surgiu o samba em 1916, reunindo influências da modinha, do maxixe e do lundu, a palavra designava uma variedade de danças de origem negra. Em 1917, o samba saiu das rodas de improvisações dos morros cariocas para ser o representante da música popular brasileira.

      Érika Andrade, soprano, tem curso de atriz pelo Conservatório Carlos Gomes e bacharel em canto lírico pela UNICAMP. Trabalhou com grandes nomes do cenário musical, como Karthryn Hartgrove (USA), Hanz-Peter Schurz (Alemanha) e Isaac Karabtchevesky. Foi solista nas óperas Bastien und Bastienne, Dido and Aeneas, Gianni Schicchi, entre outras. Participou do festival de corais Mundus Cantat, em Sopot, na Polônia, com o Coro Academia Concerto. Atuou como cantores do Coro Sinfônico do Conservatório de Tatui (2012 e 2014), onde teve destaque nas Vesperaes Solennes de Confessore, de Mozart, com o coro e orquestra regidos por João Maurício Galindo. Participou do programa Preludio da TV Cultura, com o maestro Julio Medaglia. Participou da ópera Artemis, no Theatro São Pedro, com os maestros Emiliano Patarra e Luiz Fernando Malheiro. Solista da temporada 2015 do Theatro São Pedro. Premiada no VIII Concurso Estímulo para Cantores Líricos Carlos Gomes. Recebeu a Medalha Carlos Gomes, outorgada pela Câmara Municipal de Campinas.

      José Francisco Costa (Chiquinho Costa) é Bacharel em Música, Mestre em Artes e Doutor em Música, tendo completado toda sua formação na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É natural de Penápolis-SP. Recebeu suas primeiras lições de música aos 11 anos de idade. Apresentou-se pela primeira vez em público com apenas dois meses de estudo de piano. Em 1991, ganhou o 2º lugar no Concurso de Piano "Cidade de Dracena-SP".  Em 1993, ingressou no curso de Bacharelado em Música na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), na classe da Prof. Fúlvia Escobar, concluindo o mesmo em 1996. Durante este período, realizou diversos recitais solo e de música de câmara pelo país, em especial na Semana de Música Brasileira, em Campinas, e seus primeiros recitais acompanhando cantores na ABAL (Associação Brasileira "Carlos Gomes" de Artistas Líricos). Desenvolveu pesquisa sobre o processo de aprendizagem de piano na idade adulta, sob o título: "Aprendizagem pianística na idade adulta: sonho ou realidade?". Em 2003, foi condecorado pela Câmara Municipal de Campinas com a Medalha "Carlos Gomes", como homenagem por relevante trabalho na área cultural da cidade. Auxiliou, como pianista ensaiador, na preparação de diversos concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, entre eles: ópera Condor, Colombo e Missa Nossa Senhora da Conceição, ambos de Carlos Gomes, Mariazeller Messe, de Haydn, Vesperae sollenes de confessore, de Mozart. Apresentou-se, ainda, como pianista convidado, em concertos oficiais da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, da Orquestra Jovem de Campinas-Unicamp e da Orquestra Sinfônica de Limeira, tendo executado peças como El amor brujo, de Manuel de Falla, Suíte Quebra-Nozes, de Tchaikovsky e a ópera L'elisir d'amore, de Gaetano Donizetti. Além disso, tem realizado apresentações da ópera O Telefone, de Gian-Carlo Menotti e de Pedro e o lobo, de Prokofiev, na versão para piano a 4 mãos.

      Participou de diversas masterclasses de piano e música de câmara, sob orientação de Guida Borghoff (Brasil), Fred Pot (Holanda), Amy Lin (Taiwan), Cao Yin Ming (China), Támas Salgo (Hungria), Kohdo Tanaka (Japão) e Rubia Santos (USA).

      É pianista oficial do Concurso Estímulo para Jovens Cantores Líricos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas e pela ABAL Campinas. Acompanha o tenor japonês Kohdo Tanaka desde 2007, em diversos recitais em Campinas e região, e também em masterclasses que o Professor ministra para os cantores, concretizando este significativo intercâmbio entre o Japão e o Brasil. Em 2010, fez sua estreia no circuito internacional apresentando-se em Osaka-Japão, acompanhando o referido tenor, no recital comemorativo aos seus cinquenta anos de carreira. Atualmente, é Diretor Artístico da Associação Brasileira "Carlos Gomes" de Artistas Líricos (Abal-Campinas), na gestão 2018-2020. Em 2015, foi premiado com a medalha "Samuel Lisman", pela Academia Campineira de Letras e Artes (ACLA), pelos serviços prestados à cultura em nossa sociedade.

      Entrada franca.





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