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Hospital Sobrapar realiza XI Congresso Brasileiro de Fissuras Lábio Palatinas e Anomalias Craniofaciais
Evento será nos dias 7 e 8 de junho, na Casa de Campo do Royal Palm Plaza, em Campinas/SP, e reunirá importantes profissionais da área, do Brasil e do mundo
Para comemorar seus 40 anos de atividades em 2019, o Hospital Sobrapar Crânio e Face, de Campinas (SP), organiza nos dias 7 e 8 de junho o XI Congresso Brasileiro de Fissuras Lábio Palatinas e Anomalias Craniofaciais, evento da Associação Brasileira de Fissuras Lábio Palatinas (ABFLP). O congresso, referência no setor, reunirá importantes profissionais do Brasil e do mundo para compartilhar experiências nas diversas especialidades que envolvem os tratamentos das fissuras e anomalias craniofaciais, como a cirurgia plástica, cirurgia crânio-maxilo-facial, buco-maxilo, ortodontia e odontologia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia, psicologia e serviço social.
Entre os temas apresentados pelos especialistas estará o de reconstrução de orelhas, com um curso específico sobre assunto no período da manhã e início da tarde do dia 7 (sexta-feira), que será ministrado por vários cirurgiões plásticos e craniofaciais, entre eles os profissionais internacionais Maria Fernanda Valotta (Argentina) e Christopher Derderian (Estados Unidos). Serão apresentadas as técnicas utilizadas atualmente para a reconstrução de orelhas em portadores de microtia – uma anomalia congênita no pavilhão auricular, caracterizada por um mau posicionamento das estruturas anatômicas ou mesmo a ausência delas. A microtia pode ser uni ou bilateral, mas, na maior parte dos casos, é unilateral e apenas 10% e 20% dos pacientes apresentam a anomalia nas duas orelhas. Em cerca de 50% dos pacientes portadores de microtia, o conduto auditivo externo existe, porém, o distúrbio da audição ocorre em apenas 25% dos pacientes.
O Hospital Sobrapar tem atendido cada vez mais esses casos que já atingem, aproximadamente, 1 entre 8 mil crianças nascidas vivas no Brasil, principalmente meninos. “Anomalias como a microtia não são estéticas, pois precisam de cirurgias reconstrutoras para desenvolver uma anatomia normal aos pacientes. No Hospital Sobrapar, a cirurgia é realizada quando o paciente tem por volta de 10 anos de idade e implica na retirada de três cartilagens da costela, modelagem e escultura da cartilagem costal e inclusão da mesma em região da mastóide. Envolve ainda a liberação da orelha reconstruída com objetivo de proporcionar projeção e restauração do ângulo formado entre a orelha e o crânio”, explica Cesar Augusto Raposo do Amaral, integrante do quadro de cirurgiões plásticos e craniofaciais do Sobrapar. Ele especializou no atendimento dessa anomalia na França, com Françoise Firmin, cirurgiã plástica considerada a autoridade máxima mundial em reconstrução de orelhas.
Na técnica de implante aloplástico utilizada por Christopher Derderian, um dos profissionais internacionais que ministrarão o curso de restauração de orelhas no congresso, a criança pode ser operada mais cedo, a partir dos 6 anos de idade, porque não utiliza a cartilagem de costela e sim um material de polietileno chamado Medpor, que recria a estrutura da orelha e é compatível com tecido vivo. Derderian é membro de diferentes instituições, como a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, Sociedade Americana de Cirurgia Craniofacial, entre outras, e integra a equipe de fissura lábio palatina e equipe craniofacial da Children's Health Dallas.
Referência da cirurgia plástica e craniofacial
Os principais destaques do congresso, segundo o vice-presidente do Hospital Sobrapar e presidente do evento, cirurgião plástico Cassio Eduardo Raposo do Amaral, são justamente os convidados norte-americanos, como o médico Henry Kawamoto, de 82 anos de idade, que se aposentou recentemente, mas é considerado um dos principais nomes da cirurgia plástica e craniofacial do mundo.
Em sua conferência no dia 7, às 18 horas, Kawamoto irá contar a história sobre a vida do fundador do Sobrapar, o cirurgião plástico Cassio Menezes Raposo do Amaral. “Eles eram amigos, aproximaram-se ainda jovens. Kawamoto fará essa homenagem ao meu pai, que abriu as portas do tratamento de fissuras e anomalias craniofaciais no Brasil em 1979, com a fundação do Hospital Sobrapar, referência no tratamento dessas deformidades congênitas e ainda de deformidades adquiridas. Somos reconhecidos pelos nossos colegas e, mesmo depois da morte de meu pai, em 2005, conseguimos manter o ritmo de busca pelo melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. Temos mais de 130 trabalhos científicos publicados e o livro “Cleft Lip and Palate Treatment”, lançado em 2018, que teve mais de 20 mil downloads”, observa Cassio Eduardo Raposo do Amaral, primogênito do fundador do Sobrapar.
Nos dias 7 e 8, um dos principais nomes da cirurgia plástica e craniofacial, o norte-americano James Bradley, fará uma conferência sobre “Functional Improvement with Craniofacial Techniques”, e integrará a mesa de discussão sobre “Syndromic Craniosynostosis”, na qual falará sobre “Craniofacial Dysostosis: Changing treatment algorithm of timing and techniques”. Bradley é professor e vice-presidente da Northwell Health Plastic Surgery e integra as equipes médicas da fundação NextGEnFace. Cohen Children’s Hospital e Lenox Hill Hospital.
Cassio Eduardo Raposo do Amaral diz que um outro destaque no evento será o dentista brasileiro Alexandre Rezende Vieira, que atua na Universidade de Pittsburg (EUA). “Ele vive há mais de 20 anos nos Estados Unidos, onde fez seu pós-doutorado para atuar como geneticista, e tem um importante trabalho junto ao tratamento de fissura lábio palatina.”
Otorrinolaringologia e fonoaudiologia
No dia 8 (sábado), das 8h30 às 13h30, outra importante iniciativa desta edição do congresso serão as mesas compostas por fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas nacionais e internacionais para a discussão sobre as desordens alimentares e as condutas sobre as alterações de audição e das vias aéreas.
“O objetivo desses debates é desenvolver um raciocínio funcional e interdisciplinar que favoreça a adoção de condutas assertivas. Participarão profissionais de muitos centros de reabilitação de pacientes do Brasil e de outros países, como os especialistas chilenos Karen Goldschmied (fonoaudióloga membro da Latin American Craniofacial Association – LATICFA) e Álvaro Pacheco (otorrino pediátrico, docente da Universidade do Chile). Isto, por si só, já é um grande avanço nas discussões, pois cada um trará à luz suas experiências e realidades”, acredita Anelise Sabbag, fonoaudióloga do Hospital Sobrapar e mediadora de uma das mesas de debate.
Inscrições e programação
Os organizadores do congresso esperam reunir pelo menos 300 participantes, entre médicos, residentes, estudantes do setor de saúde, dentistas, psicólogos, ortodontistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e enfermeiros. As inscrições podem ser feitas no portal da Associação Brasileira de Fissuras Lábio Palatinas (http://abflp.org.br/congresso-abflp/) até o dia 5 de junho ou no dia do evento, no local do congresso, que será realizado na Casa de Campo do Royal Palm Plaza, em Campinas.
A seguir, os links para conhecer a programação completa do evento: http://abflp.org.br/wp-content/uploads/2017/06/PROGR-PRELIM_CONGRESSO-2019-SEXTA_7-6-1.pdf e http://abflp.org.br/wp-content/uploads/2017/06/PROGR-PRELIM_CONGRESSO-2019-SABADO-8-6-1.pdf
Sobre o Hospital Sobrapar
A missão do Hospital Sobrapar é reabilitar desde bebês até idosos carentes com deformidades craniofaciais congênitas ou adquiridas, integrando-as à sociedade e promovendo o bem-estar desses pacientes por meio de uma atuação interdisciplinar de qualidade, ética e humanizada, e investindo em atividades de ensino e pesquisa. Desde a fundação em 1979, a instituição – idealizada e implantada pelo cirurgião plástico Cassio Menezes Raposo do Amaral – tem como foco o paciente, oferecendo o melhor tratamento disponível no Brasil e no mundo, atendendo 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“A maioria dos nossos pacientes – que chegam das mais diversas partes do Brasil e do mundo – necessita de um longo período até alcançar o estágio necessário para obter a alta da nossa equipe multidisciplinar”, observa Vera Lúcia Raposo do Amaral, presidente do Hospital Sobrapar. O atendimento à pessoa com deformidade de crânio e de face é realizado por uma equipe composta de: cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas, psicólogos, assistentes sociais, ortodontistas, neurocirurgião, ortopedista, fisioterapeutas, geneticistas, anestesistas, intensivistas e enfermeiras.
A instituição privada e filantrópica é referência no Brasil no tratamento de diversas patologias, entre elas, a fissura lábio palatina, que afeta 1 a cada 650 bebês nascidos vivo, cujo tratamento completo leva 18 anos; e craniossinostoses de origem genética, como as Síndromes de Crouzon, Apert e Pfeifer, mais frequentes. Em 2018, o Sobrapar realizou 1,2 mil cirurgias e 39 mil atendimentos. Mais informações pelo site www.sobrapar.org.br .
Serviço:
XI Congresso Brasileiro de Fissuras Lábio Palatinas e Anomalias Craniofaciais
Local: Casa de Campo do Royal Palm Plaza (Av. Royal Palm Plaza, nº 277, Jd Nova Califórnia, Campinas/SP)
Datas: 7 (sexta-feira) e 8 (sábado) de junho.
Inscrições: pelo site http://abflp.org.br/congresso-abflp/ até o dia 5 de junho ou no dia do evento.