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      01/06/2019 | Arthur Blade expõe no CCLA

      Pintor Arthur Blade expõe técnicas e traços na Galeria do CCLA

      Artista plástico e mestre Arthur Blade
       

      Expondo trabalhos que utilizam variadas técnicas, o artista plástico Arthur Blade abre, em 7 de junho as 19:30h,  no Centro de Ciências, Letras e Artes, (Rua Bernardino de Campos, 989, Centro, Tel. 3231-2567), e pode ser visitado até o final do mes, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, sua primeira exposição em Campinas sob o tema: “Grandes personalidades, diferentes técnicas, muitos traços”. Blade explica porque escolheu expor na galeria do CCLA: "Três anos da minha adolescência eu vivi aqui nas salas do CCLA. Estudava Astronomia com o espetacular professor Romildo Póvoa Faria. Expor aqui com minhas obras é um enorme prazer. E que outro lugar seria melhor para expor desenhos de personalidades das áreas das Ciências, Letras e Artes, como são os desenhos desta minha exposição?".

      Ao longo de muitos anos, o artista desenvolveu um trabalho intenso de desenho e pintura em várias técnicas e diferentes materiais. “O objetivo é explorar todas as possibilidades do desenho como essência, os caminhos que cada tipo de traço pode gerar. Dessa maneira, cada material pede uma velocidade diferente, uma abordagem distinta, uma possibilidade de emoção nova. E isso leva a um autoconhecimento e desenvolvimento incríveis!” - diz.

      A exposição traz ao CCLA um conjunto de 50 retratos de grandes artistas, romancistas, exploradores, cientistas, pintores e várias outras personalidades, todos trabalhados com diferentes materiais como carvão, grafite, sanguínea, pastel, aquarela e vários outros. “A ideia de fazer uma exposição com retratos de pessoas famosas vem do fascínio que elas sempre exerceram sobre nós. Trazer essas personalidades para o papel, com os meus diferentes tipos de traços e as minhas emoções, é uma verdadeira aventura. É sempre um desafio, uma espécie de duelo positivo comigo mesmo!”, comenta Blade.

      Na exposição pode-se facilmente perceber traços e maneiras de desenhar e pintar totalmente distintas entre si. Isso se deve a uma busca pessoal do artista por novos meios para expressar diferentes emoções. “Cada dia eu acordo de um jeito... cada modelo pede algo diferente, cada retratado está em um universo que é sempre inicialmente distante, então me aproximo da maneira mais livre possível, permitindo que meus traços, os músculos da minha mão, de todo o meu corpo, encontrem o caminho com toda naturalidade e da maneira mais genuína que houver! Nunca forço o modelo a um mesmo e sempre igual traço ou estilo de pintar de minha parte! Sempre é um caminho de duas mãos, aonde vamos nos encontrando, eu e o modelo! Assim vou encontrando diferentes tipos de traço. Só a minha assinatura é irremediavelmente sempre a mesma, é faz a obra dizer com carinho: “Foi o Arthur Blade quem me criou!”. E esse é o mistério de tudo, adentrar uma página em branco sem saber o que vou encontrar pela frente. É fascinante ver o desenho se formando a partir das minhas mãos e, depois de pronto, não saber o que fiz para chegar até ali! Cada desenho é absolutamente único! Nem eu nem ninguém conseguirá reproduzi-lo novamente! ”, comenta com leve ironia Arthur Blade.

      Além de artista plástico, Arthur Blade é professor de História da Arte, lecionando em S. Paulo: “Como professor, vejo os pintores e as obras ao longo da história de uma maneira muito mais próxima. Sei como são as buscas para se chegar ao resultado final. Sinto as angústias e felicidades que estão escondidas por trás delas como se tivesse estado presente no momento em que foram executadas. Isso torna as minhas aulas diferentes das de um professor que é apenas conhecedor do assunto, sem nunca ter feito um desenho ou utilizado um pincel!”, finaliza.

      Entrada franca.





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