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O mudo eco do silêncio hospitalar.
Zumbis a caminhar por corredores sem fim.
A palidez mórbida de pacientes agitados,
Inquietos, olhar cansado da longa espera.
Madrugada! Maiores abandonados, idosos excluídos
Que a sociedade, a família e o sistema pariu.
Madrugada! Do conta-gotas dipirético,
Do soro fisiológico, anestésicos, anti-sépticos.
O branco asséptico dos jalecos e aventais
Dos atendentes, enfermeiras e médicos residentes.
A moderna parafernália da medicina eletrônica:
Cintilografias, tomografia computadorizada,
Ressonância magnética, radioterapia, quimioterapia,
Medicina nuclear encéfalo, eletrocardiogramas.
Madrugada! Fim de noite, o diagnóstico fatal.
A luta segue heróica, na arena persistente,
Para não morrer o paciente terminal,
Nem a ultima esperança dos que ficam.
Madrugada! Fim dos versos, fim do poema.
Agmon Rosa