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      25/10/2010 | Manancial de José Luiz Pires

      És como a água de beber

      Que se adentra a me conhecer

      Hidrata minhas entranhas

      Dentro e fora não mais me estranhas

      Clara, límpida e cristalina

      Que rola do alto da colina

      Em seu regato me acho

      Formando caudaloso riacho

      Evaporas diante do calor

      Sobes, desapareces em vapor

      Constrói nuvens inebriantes

      Desaguando em mares verdejantes

      Junto as estrelas, és nuvem madrugadeira

      Amanheces orvalhando relva, flores e espinheira

      Chamam-na, orvalho, geada, sereno

      Germina a semente molhando o terreno

      Penetras filtrada pela terra

      Segue teu caminho e não erra

      Surges sorrateira no grotão

      E me alimentas fosse eu um garotão


       José Luiz Pires


      4º lugar no concurso de poesias, realizado pela Academia Campineira de Letras, Ciências e Artes das Forças Armadas





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