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      14/08/2019 | Monica Signorelli alerta sobre Herpes Zóster

      Vacina após os 50 anos evita o Herpes Zóster, doença extremamente dolorosa e desfigurante

      Uma em cada três pessoas pode ter a doença, que quando atinge o olho, pode levar até a cegueira

      Não é só para tomar a vacina contra a gripe que os idosos devem sacar a carteirinha de vacinação. Aliás, quem completa 50 anos ou mais deve precaver-se contra o vírus Herpes zoster (VHZ), pois é o período em que a incidência da infecção aumenta. Em torno de 60% das pessoas que apresentam a doença são desta faixa etária.

      A Dra. Monica Signorelli, do Centro Campineiro de Microcirurgia - Signorelli Oftalmologia, alerta que há chance de 10% a 25% de se adquirir VHZ ao longo da vida. A médica chama a atenção para as complicações associadas, entre elas, a perda de visão. Segundo a oftalmologista, a vacina reduz a neuralgia (dor que acompanha o trajeto do nervo afetado) pós-herpética, de intensidade variável, que muitas vezes pode ser incapacitante e persistir por dias, meses ou até anos.

      O vírus é o mesmo da catapora, chamada também de varicela. Dra. Monica explica que ele fica incubado no organismo e quando reaparece, se instala, principalmente, nos nervos do tórax (cobreiro) e nos do crânio, que é o segundo local mais acometido, podendo causar a cegueira.

      Quem teve a doença na infância é o alvo mais certeiro. A literatura médica aponta que mais de 95% das pessoas nascidas há mais de 40 anos tiveram catapora na infância. Entidades de saúde calculam que uma em cada três pessoas terá a doença ao longo da vida. Quando as estatísticas focam quem tem acima de 85 anos, o índice afunila para uma em cada duas pessoas.

      A Dra. Monica, que é especialista em retina, vítreo e uveítes, alerta que ardência, dor, coceira, pequenas vesículas, pápulas avermelhadas e feridas são os primeiros sintomas, que podem aparecer em um dos lados do corpo e no abdômen, além dos citados tórax e rosto. "O vírus permanece 'adormecido' no organismo e pode ser reativado anos mais tarde por variação do sistema imunológico frequente no processo de envelhecimento", explica a médica.

      De acordo com a médica, o VHZ, quando infecta os nervos da face e do olho, pode provocar: erupção cutânea nas pálpebras, vermelhidão, sensação de olho seco, visão embaçada, sensibilidade à luz, dor que se irradia pelo trajeto do nervo afetado, inchaço e infecções associadas. "A expansão das lesões pode ser desfigurante", frisa.

      A especialista observa que o acometimento da superfície ocular, principalmente da córnea, pode ser tão grave a ponto de requerer um transplante. Ela lembra que há ainda uma forma mais rara, que incide na retina, mais devastadora para a visão. "Nesta circunstância ocorre necrose da retina e o tratamento deve ser imediato".

      Monica lamenta que mesmo que uma vacina eficaz já esteja disponível desde 2014 no Brasil, muitos continuam não vacinados. "A vacina de vírus atenuado é bem tolerada na população de idade mais avançada. A aplicação reduz o risco de desenvolver o zoster em 51% e a dor (neuralgia) pós-herpética em 67%. Entretanto, a vacina é eficaz por um período de cinco anos. Adultos vacinados antes dos 60 anos podem não estar protegidos e necessitarem de uma nova dose após esta idade", afirma a especialista.

      A vacina contra o herpes-zoster é ministrada em dose única injetável abaixo da pele. A imunização existe no Brasil desde 2014 e nos EUA desde 2006. Ela é recomendada até pra quem já teve a doença, desde que seja respeitado o intervalo de seis meses após o último surto ou de acordo com orientação do médico assistente. Há de se observar que a vacina é apenas para o tipo 3 do Herpes, que é a forma zoster. Para o vírus herpes simples tipo 1 (herpes oral) e tipo 2 (herpes genital) ainda não há imunização disponível, mas há estudos para o seu desenvolvimento.


      Serviço

      Centro Campineiro de Microcirurgia – Signorelli Oftalmologia
      Rua Major Sólon, 367, Cambuí – Campinas – SP
      Telefone: (19) 3234 4040 / WhatsApp: (19) 97603-0527
      www.centrocampineiro.com.br
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