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ECONOMIA / CONSTRUÇÃO CIVIL
Construção civil fecha 437 vagas em novembro na RMC
Foi a quarta queda consecutiva no setor; no ano, saldo continua positivo com 2.558 empregos gerados
O setor da construção civil fechou 437 postos de trabalhos com carteira assinada no mês de novembro nos 20 municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RCMC). Foi o quarto mês consecutivo com o número de demissões superando as contratações na região. No acumulado do ano – de janeiro a novembro – o saldo continua positivo, com 1.558 vagas criadas. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Dos vinte municípios que foram a RMC, a metade fechou o penúltimo mês do ano com saldo negativo de emprego na construção civil. Repetindo outubro, Indaiatuba teve o pior desempenho, com a eliminação de 277 postos formais de trabalho. Em Campinas foram fechadas 129 vagas. Na sequência vieram Valinhos (-43) Itatiba (-32), Paulínia e Santa Bárbara D'Oeste, ambas com 31 postos eliminados.
Entre as cidades que tiveram saldo positivo de emprego em novembro, destaque para Cosmópolis, 52 vagas, Americana e Nova Odessa, que registraram a criação de 25 vagas cada uma.
Para Francisco de Oliveira Lima Filho, Presidente da Associação das Empresas do Setor Imobiliário e da Habitação de Campinas e Região (Habicamp) é uma surpresa o setor fechar o quarto mês consecutivo em queda, uma vez que os lançamentos e investimentos estão sendo retomados, especialmente em obras habitacionais, após quatro anos de crise. "O que se percebe é a falta de obras industriais e comerciais, onde os investimentos ainda não voltaram na mesma velocidade do setor imobiliário, que vive momento de recuperação", explica.
Apesar dos números negativos dos últimos meses, Lima Filho ressalta que o setor ainda se mantém "no azul", com um saldo de 2.558 postos abertos no ano. "Se olhamos para novembro do ano passado, o saldo acumulado estava em 316 vagas, contra mais de 2,5 mil neste ano, o que reforça a retomada do setor da construção civil, especialmente o imobiliário", afirma. "Mesmo que venhamos a ter saldo negativo em dezembro, vamos fechar 2019 muito melhor que 2018, e com uma expectativa bastante positiva para o ano que vem", completa.