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Dia da Mulher
Bruna Volpi canta samba "Covardia" em defesa das mulheres vítimas de violência
A cantora fará shows nos fins de semana de março em Campinas, em Sumaré e em São Paulo, com repertório voltado à defesa das mulheres. Tendo a música como ferramenta, ela usa o seu canto para propagar uma mensagem de alerta sobre a agressão contra a mulher com o intuito de conscientizá-la sobre a violência e o machismo e sobre o medo que muitas têm de denunciar seus agressores. O clipe do samba composto por Adriano César teve mais de 100 mil visualizações no Facebook e está disponível em todas as plataformas digitais.
Cada mulher luta com as armas que tem. A de Bruna Volpi é a voz, que ela solta com toda a sua força para interpretar composições que versam sobre o universo feminino, ora para falar de amor, da beleza, ora para denunciar as agressões e o preconceito. Uma delas é “Covardia”, samba composto por Adriano César em meados dos anos 2000 e que trata da violência contra as mulheres numa letra que continua atualíssima. São músicas como essa que estarão no repertório de seus shows nos fins de semana de março, “Mês da Mulher”, em Campinas, Sumaré e São Paulo.
Entre samba e MPB, Bruna apresentará canções como “Um ser de luz” e "Alô, alô, taí Carmen Miranda", compostas em homenagem a Clara Nunes e à Pequena Notável”, além de músicas que fizeram sucesso nas vozes de divas como Beth Carvalho, Elis Regina, Maria Rita, Elza Soares, Joyce, Maysa. Bruna apresentará, também, clássicos de grandes compositoras brasileiras como Dona Ivone Lara, Dolores Duran e Fátima Guedes.
Talvez por seu engajamento, a agenda de Bruna Volpi esteja tão disputada neste mês. Ela canta no dia 6 em Sumaré, às 20h, no Bar do Pico; no dia 8, às 14h, em Campinas, no Boteco do André, em Joaquim Egídio, e às 20h, no Alma Jazz Club, junto com Ana Paula Moretti e Candice Vitale; no dia 20, às 21h no Tonico´s Boteco e, no dia 26, às 20h, na Sociedade Hípica. Em São Paulo, as apresentações serão nos dias 21, às 15h no Pátio SP, e 28, às 14h30, no Bar Brahma.
Engajamento
Quem acompanha o trabalho de Bruna Volpi ou a segue nas redes sociais a reconhece imediatamente como uma grande defensora das causas sociais e dos direitos humanos. “A violência contra a mulher é muito grave, mas ainda é considerada comum para tantas pessoas. Precisamos continuar falando a todo momento sobre isso”, diz a cantora. Para gravar o videoclipe de “Covardia”, Bruna Volpi reuniu diversas cantoras da região de Campinas para o empoderamento do coro feminino e fortalecimento do conceito de sororidade (união e aliança entre mulheres baseadas na empatia e no companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum).
Os músicos convidados aceitaram participar do projeto para mostrar que os homens também devem estar presentes nessa luta contra as agressões e o preconceito. O clipe teve mais de 100 mil visualizações no Facebook e está disponível em todas as plataformas digitais.
https://www.facebook.com/BrunaVolpiOficial/videos/892505407563101/ .
"A maior covardia que existe é o homem agredir a mulher/ Violência não é a resposta desde os tempos de Abel e Caim/ Cuide de quem você gosta, essa é a proposta/ Isso tem que ter fim", diz um trecho do samba de Adriano César, que traz como refrão a ameaça: “Se levantar sua mão, viro seu inimigo/ Você perdeu a razão/ é só isso que eu digo”.
Carreira
Apaixonada pela música brasileira e seus poetas, Bruna traz na bagagem estudos iniciados aos oito anos de idade no Conservatório Carlos Gomes, em Campinas e, depois, no Conservatório de Tatuí e na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Passeou pelo teatro, privilegiando os musicais do Grupo Téspis. Seu primeiro CD, “Retrato”, foi lançado em 2013, e o álbum “Noutra rodada de samba” surgiu três anos depois. No final de 2017, o videoclipe da música "Covardia" - que fala sobre a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha e do qual participaram diversas cantoras da região - alcançou 105 mil visualizações no Facebook. Convidada a participar de um programa de TV exibido em rede nacional, Bruna atraiu a atenção do conceituado produtor Arnaldo Saccomani, responsável por sucessos cantados por Tim Maia, Rita Lee e Ronnie Von.
Com a produção de Arnaldo, arranjos de Walmir Borges e uma banda de primeira, Bruna gravou três sambas no Mosh Studios, um dos mais conceituados do Brasil. Uma das canções, "Contrariando a regra", do grande sambista Chiquinho dos Santos, deu título a outro CD. O videoclipe está disponível no canal do Youtube de Bruna Volpi e em outras de suas redes sociais. A gravação mais recente foi em dezembro de 2019, um EP com três músicas – “Pago pra ver”, “O Dono da dor” e “Verdade”, em parceria com Nelson Rufino.
Trabalho social
Árdua defensora dos movimentos sociais, Bruna Volpi está sempre envolvida nas atividades em escolas e fundações, como a Telos, Chorus e Fundação Orsa, entre outras, para ensinar o que aprendeu para as crianças e os jovens, como os assistidos pelo projeto Banda Bate Lata. Ao lado da fonoaudióloga Ana Lúcia Spina, criou em 2015 o projeto “Nós na Voz”, compartilhando conhecimento e experiência com outros cantores. Em outro projeto, batizado "Guerreiras", faz shows somente com cantoras, convidando duas ou três delas para cada edição. Mais de 20 cantoras e instrumentistas da região já participaram desta iniciativa. O intuito é enaltecer o trabalho da mulher dentro da música, especialmente no samba.
Nas redes sociais, Bruna Volpi idealizou o grupo chamado "Mulheres do Som", integrando cantoras, compositoras e instrumentistas, na troca de experiências. Além do samba, ela curte cantar baião, xote, choro e frevo, embora também não resista aos convites para apresentações de jazz. A cantora participou, foi selecionada e recebeu prêmios em diversos festivais. Em 2012, teve seu nome integrado ao Dicionário Cravo Albin da MPB, obra de referência para estudiosos deste gênero musical. Bruna tem como produtor Paulinho Fuleiro, da Ideia Shows.
Contato pelo telefone (11) 94164-5530.
Letra da Música: Covardia (Adriano Cesar)
Se levantar sua mão, viro seu inimigo
Você perdeu a razão é só isso que eu digo
Você vai ter que me ouvir-me odeie se quiser
A maior covardia que existe
É o homem agredir a mulher
Violência não é a resposta
Desde os tempos de Abel e Caim
Cuide de quem você gosta, essa é a proposta
Isso tem que ter fim
Homens que odeiam mulheres
Por machismo, doença... sei lá
Milhares que sofrem caladas por medo de denunciar
Uma socialite em Berlim, uma mãe de família em Pequim
Uma adolescente na Penha, Maria da Penha...Isso tem que ter fim